quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Resumo 2ª GM e Guerra Fria

Thiago acabou de mandar esse resumo da 2ª GM e Guerra Fria e estou postando aqui pra vcs!


Resumo de História – 4º Bimestre

E aew galera! Como o assunto dessa prova de história é muito grande, resolvi fazer esse resumo dos dois primeiros assuntos pra dar aquela ajuda básica. Estudem bastante e tirem boas notas. Infelizmente, não pude fazer o resumo completo, estou realmente sem tempo (e um resumo completo leva em torno de sete a oito horas para se fazer...)

O primeiro assunto da prova é Segunda Guerra Mundial, página 151 do livro na edição de 2004.

A Segunda Guerra Mundial, de setembro 1939 a setembro de 1945, foi considerada como o conflito mais sangrento da humanidade. As suas causas estão ligadas às conseqüências da Primeira Guerra Mundial, cabendo citar:

- a humilhação imposta pelo Tratado de Versalhes aos países perdedores da Primeira Guerra Mundial (como a Alemanha);

- a fragilidade da Liga das Nações (da qual EUA, URSS e Alemanha não participavam, lembram?);

- as crises econômicas que ocorreram depois da guerra;

- as alianças que algumas nações estabeleceram para consolidar sua supremacia;

- o nacionalismo extremo dos europeus (principalmente alemães); e

- a política de apaziguamento que França e Inglaterra promoveram para evitar a guerra, não impedindo o expansionismo e o armamentismo da Alemanha.

Economicamente, a Europa havia passado por mudanças profundas no sistema de produção desde a Segunda Revolução Industrial; as empresas passaram a utilizar menos mão-de-obra, que foi em parte substituída pelas máquinas. A Primeira Guerra Mundial exigiu o aumento da produção, principalmente de armamentos, e desviou os trabalhadores para o alistamento militar. Sem gente para trabalhar, as fábricas começaram a contratar mão-de-obra feminina. No final da guerra, ocorreu a desmobilização militar, seguida pelo desemprego e queda dos salários. E isso sem falar na crise da década de 1920, que na Alemanha atingiu proporções gigantes (porque a Alemanha estava pagando a dívida da Primeira Guerra Mundial).

Politicamente, o Tratado de Versalhes causou revolta na população alemã, que foi obrigada a aceitar suas condições sob a ameaça de uma invasão. Assim, ao invés de promover a paz na Europa, o Tratado contribuiu para acirrar o revanchismo alemão sobre os vencedores da Primeira Guerra Mundial. Então, o que nossos amiguinhos alemães fizeram? Chutaram o pau da barraca! Investiram na sua indústria armamentista (para ocupar a mão-de-obra e tentar diminuir o desemprego) e partiram para o expansionismo (ocupando primeiramente a Renânia, uma região que o Tratado de Versalhes dizia que não poderia ser militarizada).

Socialmente, o nazismo pregava a supremacia da raça ariana e o extermínio de outros grupos étnicos (como judeus e ciganos).

Sobre a política de anexações alemãs, ressalto o que falei acima; a Alemanha, em crise, precisava empregar sua mão-de-obra. A saída encontrada foi o armamentismo: os trabalhadores foram trabalhar na produção de armas, enquanto Adolf Hitler se aliava à Pink e Cérebro em seu desejo de conquistar o mundo xD.

Primeiro, ocorreu a ocupação da Renânia; depois, os alemães anexaram a região montanhosa dos sudetos e Gdansk; posteriormente, no dia 1º de setembro de 1939 (data oficial do começo da guerra), invadiram a Polônia e a conquistaram com uma rapidez incrível para a época. Para isso, o exército alemão utilizou a técnica da Guerra Relâmpago – Blitzkrieg – que consistia no emprego maciço de tanques, carros de combate, aviões e navios. Um mês antes, a Alemanha havia assinado com a Rússia um pacto de não-agressão, prometendo a ela um pedaço da Polônia. O inocente Josef Stalin aceitou o acordo, mas sabendo das reais pretensões de Hitler na anexação da Polônia... peguem um mapa-múndi e vejam que a Polônia é colada na Rússia; assim, fica claro que Hitler queria realmente “abrir caminho” para invadir a URSS.

Depois da Polônia, Hitler dominou aquela penca de países pequenos da região e, finalmente, em junho de 1940, tomou a França. A queda da França foi um baque para os Aliados: afinal, os franceses eram um símbolo de força e de um exército poderoso. Enquanto se divertia brincando de Company of Heroes na França, Hitler mandou que bombardeassem a Inglaterra.

Resumindo, boa parte da Europa já pertencia aos nazistas; os Aliados estavam realmente breados. Mesmo tendo assinado um pacto de não-agressão com a URSS, a Alemanha não contou até três para invadi-la. Só que na Rússia o buraco era mais embaixo, então os alemães, que até o momento colecionavam vitórias, perderam; na verdade, perderam feio. Cerca de 82% do exército alemão foi derrotado na URSS. O marco da derrota alemã na União Soviética foi a batalha de Stalingrado, que acabou em janeiro de 1943 (embora que nosso livro fale que foi em 1942).

Voltando um pouco no tempo, em 1941, os japoneses bombardearam a base naval americana de Pearl Harbor. Um estudioso da Segunda Guerra Mundial disse que, na hora do bombardeio, tanto Winston Churchill (o primeiro-ministro britânico) como Adolf Hitler pensaram a mesma coisa: “Hoje nós ganhamos essa guerra.” Os fatos vieram a provar que Winston Churchill estava com a razão; após o “Dia da Infâmia”, quando ocorreu o bombardeio, os Estados Unidos entraram na guerra e ajudaram os Aliados (França, Inglaterra, URSS etc.) a virar o jogo contra o Eixo (Alemanha, Itália e Japão).

O Eixo levou porrada na URSS, no Norte da África (batalha de El-Alamein, por exemplo), na Rússia (Stalingrado) e no Pacífico (com a entrada dos EUA no conflito, que desceram a porra sobre os japoneses).

Diante disso (e da ofensiva brasileira da FEB), a Itália começou a se piscar até o talo e decidiu sair da guerra.

Mesmo assim, os aliados tinham que retomar o resto da Europa que continuava sobre controle nazista. Começaram a estudar o ponto mais fraco da Muralha do Atlântico (estrutura de fortificações, campos minados, canhões, armas antiaéreas e metralhadoras construídas por Hitler para impedir que os Aliados o atacassem pela costa do Atlântico) para atacar e invadir.

O ponto escolhido foi a costa da Normandia, mais especificamente nas praias de Sword, Juno, Gold, Omaha e Utah. Então, nas primeiras horas do dia 6 de junho de 1944, começou uma das maiores – senão a maior – operação militar da história: a Operação Overlod, o Dia D. Ao final do dia, as praias já haviam sido tomadas e os aliados avançaram para o interior da França, retomando o país e posteriormente o resto da Europa. No Oriente, a guerra só acabou com o lançamento das bombas nucleares sobre Hiroshima e Nagasaki.

Como conseqüências da Segunda Guerra Mundial, podemos citar: a divisão do mundo em dois blocos (capitalista, tendo à frente os EUA, e o socialista, comandado pela URSS) e o começo da Guerra Fria; conflitos nas áreas de influência americana e soviética; início da recuperação econômica do Japão e da Europa Ocidental; descolonização da África e da Ásia, as quais aproveitaram a crise das metrópoles para declarar sua independência; dentre outras.

Os vencedores do conflito criaram o tribunal de Nuremberg para julgar os alemães acusados de crimes guerra; dividiram a Alemanha e também a capital Berlim em quatro zonas de ocupação (americana, inglesa, francesa e russa); substituíram a Liga das Nações pela ONU; e criaram a Declaração dos Direitos Humanos.

Isso aí galera, acabou Segunda Guerra Mundial.

Como sabemos, após a Segunda Guerra, começou a Guerra Fria, uma disputa ideológica por áreas de influência entre EUA e URSS e seus blocos político-econômicos, respectivamente o capitalista e o socialista. Nesse contexto, cabe citar a recuperação da Europa e do Japão; com medo de que o socialismo chegasse a esses países, arrasados pela guerra, os Estados Unidos investiram em sua reconstrução, injetando capitais em sua economia; na Europa, através do Plano Marshall; no Japão, através do Plano Colombo. No Japão, como estudamos em Geografia, os EUA não só investiram na economia como também ocuparam o território japonês até 1952.

As duas potências da época começaram a construir suas áreas de influência: os americanos seguiram a Doutrina Truman, que dizia que cada país tinha o direito de escolher livremente seu país e que os Estados Unidos apoiariam qualquer um que se sentisse ameaçado pelo socialismo. Muito bonito, muito legal o discurso de Truman; pena que era só um meio para atrair países para o bloco capitalista. Já a URSS, que libertou a Europa Oriental, estendeu sobre ela sua área de influência, apoiando os partidos comunistas que aos poucos foram acabando com os outros partidos e instalando o domínio do partido único – o Partido Comunista.

Tanto EUA como URSS criaram alianças militares: do lado capitalista, a OTAN (que existe até os dias de hoje, porém logicamente mudou sua função, já que o socialismo não é mais uma ameaça potencial aos países capitalistas); do lado socialista, o Pacto de Varsóvia (que tinha como objetivo suprimir qualquer revolta contra o socialismo nos países satélites da URSS).

Lembram que acima eu falei que uma das conseqüências da 2ª Guerra Mundial foi a eclosão de conflitos nas áreas de influência de EUA e URSS? Nosso livro destaca dois desses conflitos: a Guerra da Coréia e a Guerra do Vietnã. A Coréia, dividida em duas partes (norte socialista e sul capitalista) que viviam se estranhando, entrou em guerra quando o Norte invadiu o Sul. Os EUA e aliados tomaram as dores do Sul e caíram na mão contra o Norte, apoiado pela China e URSS. Como vocês repararam, as duas potências da época estavam se envolvendo diretamente num conflito; elas começaram a se piscar uma com medo da outra e logo assinaram um tratado de paz. Atualmente, a Coréia continua divida em Norte e Sul, que de vez em quando se estranham politicamente.

Já no Vietnã a situação era mais complicada; a principal diferença entre essas duas guerras é que na Coréia o Sul queria o capitalismo, enquanto no Vietnã (também dividido em Norte socialista e Sul capitalista) a população sulista não estava nem aí para o capitalismo. O conflito estourou quando os EUA interromperam as eleições do Sul e colocaram lá um presidente de sua escolha. Logicamente, o povo não gostou e se plantou contra os States, com o grupo vietcongue. O presidente americano, em 1960, começou a mandar tropas para lutar no Vietnã e começou o atrito. Só que a população norte-americana não viajava muito nessa idéia de mandar seus filhos para morrer no Vietnã; então, o novo presidente dos EUA Richard Nixon começou a tirar as tropas americanas de lá e passou a enviar mais armas e equipamentos. A guerra continuou até 1973, quando o Vietnã do Norte conquistou o Sul. O conflito no Vietnã foi considerado como sendo a maior derrota militar dos EUA na guerra fria, porque os States não conseguiram impedir a instalação do socialismo lá.

Na década de 1960, a Guerra Fria seguiu uma configuração mais ou menos assim:

- as duas potências tinham muito medo de bombas atômicas, então assinaram tratados para a não-profileração de armas nucleares;

- as nações da Europa Ocidental ficaram menos dependentes dos EUA;

- EUA e URSS criaram políticas mais tolerantes em relação à Guerra Fria; nos Estados Unidos, foi a “Resposta Flexível”, enquanto na URSS foi a “Coexistência Pacífica”;

- esse período da Guerra Fria também passou por acontecimentos que ameaçaram a paz mundial: a Crise de Berlim, que culminou com a construção do muro de Berlim para dividir a cidade em dois lados (capitalista e socialista) e a Crise dos Mísseis, na qual a URSS colocou mísseis em Cuba apontando para os EUA. No final, os soviéticos piscaram e tiraram seus mísseis;

Também ocorreu, nesse período, a corrida espacial. Os soviéticos lançaram o primeiro satélite artificial, o primeiro satélite tripulado e o também o primeiro satélite tripulado por um humano (URSS owwwwwwwwwna Estados Unidos). Os States criaram a NASA em 1958 e mandaram o primeiro homem para a Lua em 1969.

Nas décadas de 1970 e 1980, os regimes totalitários que ainda existiam em Portugal e na Espanha caíram; assim, a Europa Ocidental tinha apenas governos democráticos voltados para o capitalismo.

O Egito e a Síria invadiram Israel, que contou com o apoio dos EUA e reconquistou as áreas tomadas pelos egípcios. Diante do apoio americano a Israel, os países árabes elevaram o preço do petróleo só para encher o saco dos EUA e dos países dependentes de petróleo, causando problemas na economia global.

Na década de 1980, EUA e Inglaterra adotaram o neoliberalismo (a mesma política adotada por Fernando Henrique Cardoso aqui no Brasil). Os EUA também começaram uma política de verdadeira oposição à URSS, inclusive criando sistemas de satélites e canhões, para barrar qualquer ameaça da URSS. A URSS respondeu a esse projeto dos EUA criando um semelhante.

Em 1985, Mikhail Gorbachev tornou-se o presidente da URSS e percebeu que o país estava economicamente atrasado implantando sua política de reformas posteriormente. Pronto, terminamos Guerra Fria.

Vlw galera! Boa sorte na prova!

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