segunda-feira, 22 de setembro de 2008
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Resumo História - (Salvação by Thiago e Rafael Melo)
Resumo de História – III Bimestre
Para quem acha o assunto difícil, relaxe. Nessa unidade, o conteúdo é bem mais fácil e vamos fazer o possível para ajudar a esclarecê-lo. Vamos pedir que vocês revejam o Caderno de Atividades e se possível o refaçam, porque mesmo que ele tenha algumas questões repetitivas é um bom meio para treinar para a prova. Também procurem resolver o roteiro de estudo que eu vou colocar ao final dessa revisão.
Começando nosso assunto, é importante que vocês compreendam um conceito básico que vai nos nortear durante praticamente toda essa revisão: o nacionalismo. Nacionalismo pode ser definido como o sentimento de pertencer à mesma nação, como se fosse um tipo de solidariedade.
Liberalismo e Nacionalismo
Durante todo o século XIX, ocorreram na Europa muitas revoltas nacionalistas e liberalistas (principalmente por causa de crises econômicas). Desde a Revolução Francesa, o povo já se opunha ao absolutismo e ao princípio da Legitimidade (no Congresso de Viena, lembram?). Mas, logicamente, os monarcas europeus não ligavam muito para isso... até que começou a arrebentar em cima deles.
França
Todos lembram que após a queda de Napô, quem assumiu o governo francês foi Luís XVIII. Ele governou com apoio político da burguesia, tendo que manter algumas conquistas da Revolução Francesa. O governo passou a ser exercido pelo rei e pela burguesia, o que desagradou os ultra-realistas (absolutistas), mas mesmo assim Luís XVIII ainda era mias para o lado conservador. Quando ele vestiu o paletó de madeira, entrou
Notem que a França era muito instável politicamente, com reis fugindo, ora centralizando o poder, ora favorecendo a burguesia o tempo TODO!!! Com a fuga de Carlos X, a dinastia dos Bourbons saiu do poder e os burgueses colocaram no trono Luís Filipe de Orleans, mais conhecido como o “rei burguês”. Ele fez um governo mais liberal, acabou com a censura e jurou respeito à Constituição. Mesmo assim, continuou com o voto censitário (por riqueza, quem tem dinheiro vota e pode ser votado, já quem não tem...), favorecendo a alta burguesia.
Revoltas liberais de 1848
O ano de 1848 foi marcado por várias revoltas motivadas pelo nacionalismo, como o liberalismo e o socialismo; percebam que o liberalismo era um movimento da burguesia, enquanto o socialismo era da classe trabalhadora. Esse ano (1848) foi chamado de “primavera dos povos”, pelas diversas revoltas que ocorreram nele.
França
O rei Luís Filipe também tinha seus opositores; eles se reuniam em banquetes para discutir a melhor maneira de arrancar o fígado do rei (na verdade, queriam melhores condições de vida para os trabalhadores e mudanças no sistema eleitoral). O rei não viajou nessa idéia de alterações eleitorais e seu primeiro-ministro Guizot mandou acabar com os banquetes. Isso foi o estopim para que começasse uma revolução contra o rei, que foi deposto.
Sem Luís Filipe no poder, formou-se um governo provisório, que restabeleceu o sufrágio universal, criou oficinas nacionais (para empregar os desempregados) e acabou com a pena de morte, além de proclamar a segunda república.
A nova assembléia, eleita no governo provisório, era de maioria liberal, o que causou revoltas populares nas ruas de Paris. Para piorar a situação, o governo fechou as oficinas nacionais, levando a uma guerra civil; a repressão foi feita pelo General Cavaignac, que ficou conhecido como o “carniceiro”. No final do ano, rolaram eleições para presidente onde concorreram o cara de pau que reprimiu a revolta popular e veio pedir voto depois General Cavaignac e Luís Napoleão, sobrinho do nosso querido amigo... Napô!!!
Luís Napoleão venceu as eleições. Ele governaria por 4 anos, mas por meio de um golpe de Estado com os bonapartistas conseguiu 10 anos e depois, com o apoio da população francesa (que ainda amava Napô) tornou-se imperador. Isso aconteceu porque:
· A maior parte da população francesa, que era agrícola, não apoiava as agitações dos republicanos e socialistas;
· A burguesia tinha medo de perder seus bens com outra revolução, então preferiu manter a ordem;
· A Igreja apoiou Luís Napô porque ele impediu que os italianos tomassem os Estados papais;
· O exército recebeu aumento salarial no seu governo.
Luís desenvolveu indústria francesa e fez estradas de ferro. Porém, entrou em guerra com a Prússia e se estrepou. A Prússia venceu a guerra, o rei foi preso e a França se rendeu. Por meio do tratado de Frankfurt, teve que pagar uma pesada indenização de guerra, deixar que tropas prussianas ficassem em seu território até que a dívida fosse paga e entregou aos alemães as regiões da Alsácia e Lorena ricas em carvão e ferro. Além de tudo isso e para completar a humilhação, o rei alemão Guilherme I foi coroado Imperador da Alemanha no Palácio de Versalhes, na França, um símbolo histórico do país. Aí, a população não gostou: porra, vem esse cara e cobra dinheiro da gente, bota tropas dele aqui e ainda é coroado num palácio histórico do meu país??? Ah, não! milhares de trabalhadores, revoltados com a derrota francesa, a crise social e conseqüentemente a miséria e o desemprego tomaram Paris e criaram a Comuna de Paris, o primeiro governo socialista da Europa. Porém, a burguesia não viajou nessa idéia e quis combater a Comuna, porque os movimentos socialistas iriam interferir no comércio. Começaram a atacar a Comuna, que caiu depois de mais dois meses.
Inglaterra
Na Inglaterra a parada foi mais simples: o capitalismo na agricultura inviabilizou a vida dos camponeses e artesão, que juntamente com os profissionais liberais queriam uma reforma social. Já a galera de classe média e alta queria manter seus bens e seu lucro.
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Unificações
Itália
Antecedentes: a Península Itálica se encontrava dividida em vários reinos, alguns deles entregues a monarcas estrangeiros. Isso irritava parte da população, favorecendo o surgimento de sociedades secretas que divulgavam suas idéias sobre a unificação italiana. Começaram a ocorrer levantes entre os diversos reinos contra a dominação estrangeira, porém a maioria sem sucesso.
As transformações ocorridas na Europa no século XIX estimularam o nacionalismo italiano, o que culminou com o início da luta pela unificação da Itália em torno do reino de Piemonte-Sardenha (o norte da Península era desenvolvido, com comércio e ferrovias; a burguesia queria a unificação em torno do Piemonte para que se implantasse o liberalismo em toda a Península; esses ideais eram dos intelectuais e grandes proprietários de terras, e não do homem do campo, que era maioria na população italiana).
Nesse contexto, havia o Risorgimento, um movimento que unia a média burguesia e o proletariado urbano, para criar uma democracia na Itália e fazer com que ela retornasse aos seus tempos de glória, contrariando a alta burguesia (que queria a unificação em torno de Piemonte-Sardenha).
Para conseguir apoio da França contra a Áustria (que detinha territórios italianos), a Itália enviou tropas italianas para lutar a favor da França contra a Rússia na guerra da Criméia. Depois, firmou um novo acordo com Luís Napô para se libertar da Áustria, o que, após uma série de lutas (mesmo contra a França, que descumpriu o trato), culminou com a unificação da Itália, mesmo sem os Estados papais e Veneza. Veneza foi anexada em 1866, quando os italianos apoiaram a Prússia na guerra contra a Áustria e os Estados papais foram tomados quando a França “baixou a guarda” lá para lutar contra a Prússia. Essa tomada dos Estados papais gerou conflitos entre o Papa e o rei italiano, que só foi resolvida em 1929 com a assinatura do Tratado de Latrão.
Alemanha
Desde o Congresso de Viena, a Alemanha (Confederação Germânica) ficou dividida em 39 Estados independentes, representados em assembléias presididas pela Áustria (que babava para unificar essas áreas ao seu território). A Prússia era vice-presidente dessas assembléias e queria formar a pequena Alemanha, sem participação da Áustria (porque esta, além de antiliberal, tinha poucos alemães em seu território).
No século XIX, a economia alemã era dominada pelos junkers – nobreza rural, contrários ao liberalismo – que compravam terras de proprietários menores e dominavam o setor agrícola; os pequenos proprietários, sem suas terras, iam para as cidades formar a classe operária alemã.
Além dos junkers, havia também a burguesia, interessada na unificação para acabar com as barreiras alfandegárias existentes entre os 39 Estados da Confederação. Com essa finalidade, surgiu o Zollverein, uma união alfandegária no norte da Alemanha, com unificação de pesos, medidas, moeda e taxas alfandegárias. Isso favoreceu o comércio e também a burguesia.
Em 1848, ocorreu o primeiro movimento pela unificação na Prússia: a agricultura produziu pouco, gerando inflação e crise social. Quando o Parlamento de Frankfurt ofereceu ao rei o título de Imperador da Alemanha, ele recusou temendo a reação da Áustria. Assim, o Parlamento ficou desprestigiado e foi dissolvido. A nobreza conservadora alemã aceitaria o rei como monarca da unificação se ele não governasse com uma Constituição; a nobreza enfrentou o movimento liberalista e venceu, tomando a dianteira na unificação. Percebam que na Itália a unificação foi comandada pela burguesia; já na Alemanha, a unificação foi comandada pela nobreza monarquista.
Otto von Bismarck, o “chanceler de ferro”, primeiro ministro alemão, dizia que a unificação só aconteceria pela força, principalmente contra a Áustria. Ele construiu ferrovias e um poderoso exército, começando guerras contra outros países: a Guerra dos Ducados, na qual Bismarck deu o zig na Áustria, chamando ela na chincha para a Guerra; a Guerra das Sete Semanas, contra a Áustria (em decorrência da Guerra dos Ducados), na qual a Prússia ganhou alguns territórios austríacos; e a Guerra Franco-Prussiana (aquela que eles venceram a França e a humilharam). Fim, unificação alemã completa!
A Segunda Revolução Industrial e o Imperialismo
Antecedentes
Revoluções econômicas:
1. Da agricultura, ocorrida em regiões da Europa em decorrência da melhoria das técnicas agrícolas.
2. 1ª Fase da Revolução Industrial, com o surgimento de técnicas e métodos de produção que transformaram os produtos manufaturados pelos realizados por máquinas. (essa rev. trouxe alterações para a população e para economia: um contingente humano de trabalho artesanal parou de produzir por não conseguir competir com os preços industriais.
2ª Rev. Industrial
A Inglaterra deteve a supremacia no início, depois a revolução atingiu outros países europeus os EUA e o Japão. A 1ª fase da rev. ficou marcada como era do carvão e do ferro, a 2ª ficou conhecida como era do aço e da eletricidade.
Inovações no processo industrial:
· A transformação do ferro em aço por Henry Bessemer ( o aço era mais barato);
· O motor de combustão interna, de Nicolau Oto foi aperfeiçoado por Rudolf e Karl;
· O desenvolvimento de produtos químicos;
· A fabricação de automóveis movido a gasolina por Benz e Daimler
· A invenção do telefone por Alexandre Graham Bell
· Dentre outras...
O aumento da produção fez com que o operariado questionasse melhorias no salário a nas fábricas, além de realizações de sindicatos. Isso fez com que os patrões investissem parte do capital no aperfeiçoamento das máquinas a fim de diminuir o número de operários.
Etapas na confecção dos produtos:
· A produção em série – que mantinha o padrão e garantia a aceitação dos compradores;
· Especialização do trabalho – trabalho dividido em várias etapas, dando origem as linhas de montagem;
· As linhas de montagem - eram esteiras que levavam partes do produto para serem montados. O operário não precisavam saber montar o produto todo (essa técnica de trabalho é chamada de taylorismo).
O aumento da produção tornou necessária a busca de novos mercados consumidores e maiores lucros.
Para inibir a concorrência, vários empresários se uniram e deram origem a(ao):
· Cartel - união de empresas com objetivo de dominar o comércio de um produto e dividir o mercado entre elas;
· Truste – é a fusão de algumas empresas já estabelecidas no mercado;
· Holding - união de empresas de um mesmo produto ou de diferentes produtos que são administradas por uma que detém o controlo acionário das demais.
Imperialismo
A produção em expansão levou ao acúmulo de capital em mão dos empresários que aplicavam os lucros em novos empreendimentos. Por isso, os países industrializados passaram a utilizar o protecionismo econômico (para salvaguardar seus produtos da concorrência, ocasião em que vários países se fecharam às importações)
Os países produziam, mas não compravam. Mesmo com o crescimento da produção interna. Além disso, a classe operária começou a exigir leis trabalhistas.
A ação protecionista provocou uma corrida por novos mercados fora da Europa. A política imperialista vislumbrou a África, a Ásia e a Oceania como regiões de novos mercados consumidores, onde o capital excedente seria bem aplicado, tendo em vista essa áreas serem produtoras de diversas matérias-primas e oferecerem mão-de-obra barata, o que possibilitaria maiores lucros.
Essa nova busca mercantil das metrópoles européias (neocolonialismo) tinha por objetivo retirar o máximo das regiões, mas não se impunha pela força ( já que elas não se tornavam colônias).
O neocolonialismo objetivou a busca de novos mercados consumidores, colocação do excedente populacional, investimento de capitais...
Os europeus se diziam culturalmente superiores; por isso deveriam levar sua cultura para essas regiões. A penetração s fez através de expedições científicas, religiosas e paramilitares que estabeleciam as CIAS de comércio.
A partilha da África, Ásia e Oceania
ÁFRICA:
França – Argélia
Inglaterra – Egito, África do sul (bôeres)
Portugal – Moçambique e Angola
Bélgica – Congo
ÁSIA:
Inglaterra – índia
Franceses – Indochina
Holanda – Indonésia
Japão – Coréia
EUA – Ilha Filipinas
Imperialismo Inglês
Durante a Era Vitoriana a Inglaterra teve sua maior expansão territorial devido às ações da rainha como:
· Descentralização administrativa;
· Abolição do ato de navegação;
· Criação de leis trabalhistas...
Revolta dos Sipaios – a ocupação britânica abateu a economia indiana. A população estava em uma grave crise social e empobrecida. Tais fatos estimularam uma reação nacionalista soa soldados indianos. O Estopim do conflito foi o incidente envolvendo a crença religiosa dos hindus (comentários de que os ingleses usavam gordura animal para lubrificar as balas). A revolta foi contida em 1859.
Guerra dos bôeres – corrida por ouro e diamantes provocou uma reação dos habitantes. A Inglaterra interessa em ampliar o domínio no sul da África colocou- se no lado dos exploradores dando início à guerra. Com a vitória inglesa foi criada a União Sul – Africana em 1910.
Guerra do Ópio – a Índia tinha plantação de papoula, planta que dá origem ao ópio. Os ingleses ampliaram a produção e diminuíram o preço viciando a população chinesa. Isso fez com que Cantão pressionasse a Inglaterra contra esse excesso e forçasse a derrama de caixas do produto do mar. Como a Inglaterra não recebeu o ressarcimento pelo prejuízo, teve início a guerra do ópio.
Guerra dos Boxers – esta guerra envolveu uma facção nacionalista boxers contra o desmembramento da China. Uma força de repressão composta por soldados europeus, norte-americanos e japoneses submeteu os boxers e obrigou a China a cumprir acordos imperialistas, com isso o domínio sobre a China se efetivou.
1ª Guerra Mundial
Antecedentes: Nas últimas do século XIX, eram constantes as tensões entre as potências imperialistas européias. A Inglaterra, maior potência marítima da época, era vulnerável a uma invasão; a Alemanha tinha se tornado a mais poderosa nação européia; a França, derrotada na guerra contra a Prússia, estava envolta em disputas internas entre monarquistas e republicanos; o Império Austro-Húngaro era muito ligado à política alemã; e a Itália tinha um território muito desigual (Norte muito mais desenvolvido que o Sul). Nas Américas, os EUA se recuperavam da Guerra de Secessão e não possuíam um exército nos moldes europeus.
Como se percebe, a Europa vivia um clima instável; e as tensões se acirraram ainda mais com os seguintes fatores:
· O revanchismo francês pela derrota na guerra franco-prussiana;
· As rivalidades entre as potências européias, uma tentando ser mais forte que a outra;
· A corrida colonial, onde as potências disputavam colônias, potenciais mercados consumidores e fornecedores de matérias-primas;
· A questão marroquina, onde França e Alemanha disputavam a região do Marrocos, que lhes fornecia matérias-primas; a Inglaterra apoiou a França, enquanto a Alemanha proclamou a independência do Marrocos. A questão foi resolvida depois, quando o Marrocos ficou sob o domínio do sultão, porém sem acabar com os acordos comerciais com a França. Mais tarde, a França cedeu à Alemanha o Congo Francês, enquanto essa desistia do Marrocos;
· O sistema de alianças, que acabou por dividir a Europa em dois blocos, o que aumentou as rivalidades; a primeira aliança foi a Liga dos Três Imperadores (Alemanha, Áustria-Hungria e Rússia). Porém, a Rússia desagradava a Áustria porque apoiava os eslavos nos Bálcãs. A liga se dissolveu, mas logo após ela se formou a Tríplice Aliança (Alemanha, Áustria-Hungria e Itália). A Itália acabou saindo da aliança posteriormente, por causa de uma questão territorial com a Áustria. Havia também o bloco da Tríplice Entente (França, Inglaterra e Rússia), formada primeiramente pelo acordo franco-russo e depois pela Entente Cordiale entre França e Inglaterra. Esse sistema contribuiu para o início da guerra orque criou blocos antagônicos que procuravam enfraquecer um ao outro.
· A Liga Pangermânica, pela qual a Alemanha queria unir todos os povos que de origem germânica que viviam nas regiões centrais da Europa;
· O nacionalismo sérvio, que queria unir os povos sérvios xD e o pan-eslavismo russo, que defendia a criação de uma “grande família” de povos eslavos tendo a pobre e ingênua Rússia à frente;e
· A Questão dos Bálcãs, região disputada pó praticamente toda a galera.
O Império Austro-Húngaro queria anexar os Bálcãs; com esse intuito, o herdeiro ao trono austríaco, duque Francisco Ferdinando foi à Bósnia fazer a propostas de formar um reino tríplice (Austro-Húngaro-Balcânico). Resultado: mataram Chico quando ele foi à Sarajevo. Esse atentado foi o estopim da 1ª Guerra Mundial.
França Alemanha
Inglaterra X Áustria-Hungria
Rússia Itália
A Turquia (por causa de rivalidades com a Rússia, devido ao apoio que essa dava aos eslavos que viviam na Turquia a se desmembrarem desse país) e a Bulgária se aliam à Tríplice Aliança, enquanto o Japão toma áreas coloniais da Alemanha.
O conflito começou com a Guerra de Movimento, na qual os alemães mobilizaram seu exército rapidamente para atacar a França. Os franceses reagiram na Batalha de Marne, que deu início à Guerra de Trincheiras, na qual as tropas ficavam expostas a doenças contagiosas e ao fogo inimigo. Após esse insucesso na frente ocidental, a Alemanha invadiu a Rússia.
Os alemães também começaram a atacar navios de parceiros comerciais da Inglaterra (como os EUA) para isolá-la, usando submarinos; porém, não obtiveram sucesso, pois seus submarinos foram destruídos pelos ingleses. Devido aos ataques às suas embarcações, os Estados Unidos entraram na guerra.
Os americanos ajudaram decisivamente a derrotar a Tríplice Aliança, a Bulgária e a Turquia, que abandonaram a guerra ou se renderam.
Com o fim da guerra, criou-se a Liga das Nações (tipo a ONU). Porém, ela não atingiu sua finalidade: excluiu a Rússia (socialista) e a Alemanha (perdedora e considerada culpada da guerra). Por causa da exclusão da Alemanha, os Estados Unidos também saíram da Liga.
A Alemanha assinou o Tratado de Versalhes, que lhe impunha pesadas punições: o desarmamento, a altíssima dívida de guerra, a devolução da Alsácia e da Lorena à França, a desmilitarização da região da Renânia, dentre outras medidas.
Conseqüências da 1ª Guerra Mundial:
· Criação da Liga das Nações;
· Declínio das potências européias;
· Movimentos de emancipação nas colônias;
· Ascensão dos EUA como potência mundial;
· Desmembramento do Império Otomano e surgimento da Turquia;
· Surgimento de novos Estados;
· Perda de um décimo da mão-de-obra; e
· Progressos no campo das ciências e atividades industriais.
A Revolução Russa
Em pleno século XIX, a Rússia ainda era um país semi-feudal, com a maior parte da população no campo em regime de servidão e submissa à nobreza rural. Somente com o Czar Alexandre II, que libertou quarenta milhões de camponeses, começou a abolição da servidão na Rússia. Seu sucessor abriu a economia russa para a entrada de capitais estrangeiros, no intuito de desenvolver a industrialização do país, criando assim uma burguesia fraca, mas um proletariado forte. Mesmo assim, a monarquia russa tornou-se insustentável, devido à deficiência administrativa, existência de grupos radicais contrários ao governo, derrotas militares na guerra russo-japonesa e na 1ª Guerra Mundial.
Um grupo de manifestantes foi protestar pacificamente em frente ao Palácio Imperial contra as perdas militares russas. Porém, foi reprimido violentamente. Esse episódio ficou conhecido como Domingo Sangrento, e ele repercutiu em manifestações por toda a Rússia, inclusive com uma greve geral e rebeliões militares.
Percebendo que a situação tava feia, o czar prometeu criar uma Constituição e um parlamento – o DUMA. Foram instituídos sovietes, os conselhos de trabalhadores (lembrem dos sovietes, eles eram muito importantes). Tava tudo muito bem, mas aí o czar se fortaleceu com a entrada de capitais estrangeiros e o exército, que estava no Oriente, retornou; o czar acabou com os sovietes tirou o poder do DUMA. A oposição ao governo do czar era composta por 3 grupos, sendo o principal deles o dos socialdemocratas, que por sua vez se dividiam em bolcheviques (revolucionários) e mencheviques (eram mais moderados e ligados à burguesia). Essa foi a 1ª fase da Revolução.
Com as perdas russas na 1ª Guerra Mundial, veio o colapso da economia e conseqüentemente a fome as agitações populares. As tropas antes leais ao czar começam a desertar, e finalmente ele cai, sob a Revolução Menchevique de 1917. Aí começa a 2ª fase da revolução. O governo provisório foi substituído por um governo menchevique, regido por Alexander Kerenski. Tudo beleza para os mencheviques, até que entram em cena os bolcheviques Lenin e Leon Trotski. Esses dois cidadãos começaram a envenenar a galera contra o governo menchevique, promovendo manifestações, e divulgaram as Teses de Abril (reforma agrária, tirar a Rússia da 1ª Guerra Mundial e regularizar o abastecimento da população).
Acabou que os bolcheviques assumiram o poder e começou o governo de Lenin. Ele tirou s Rússia da guerra (por meio de um tratado com a Alemanha), organizou o Exército Vermelho, promulgou constituições, adotou o partido único, realizou a reforma e nacionalizou (tornou estatais) indústrias e bancos. No começo do governo de Lenin, ocorriam conflitos entre os russos vermelhos (bolcheviques) e brancos (o resto). Lenin também criou a União Soviética e a Nova Política Econômica, para salvar a economia russa, combinando aspectos (incentivos) capitalistas e controles socialistas.
Quando ele bateu as botas, rolou uma briga entre Joseph Stalin e Leon Trotski para ver quem ficava no poder. Stalin ganhou e expulsou Trotski do país. Segredinho do mal: Trotski foi exilado e, um belo dia, enquanto curtia seu exílio, um agente de Stalin bate na sua porta e lhe mata com uma picaretada (é sério, só não coloquem isso na prova!!!). Stalin impôs um governo ditatorial na URSS, com o partido único (PC – Partido Comunista) e enviou para regiões remotas os que não concordavam com ele. Stalin também substituiu a Nova Política Econômica de Lenin pela planificação da economia, com planos qüinqüenais e estatização da indústria e dos bens de produção. Na agricultura, ele criou a coletivização em fazendas do Estado; na educação, melhorou o sistema educacional (tanto que recentemente, a transição dos países da ex-URSS do socialismo para o capitalismo tem sido favorecida pelos bons níveis educacionais da população); na política, colocou eleições diretas para os sovietes supremos (lembram dos sovietes?) e outras organizações. Porém, não adiantava de muita coisa, porque só concorriam candidatos do PCUS (Partido Comunista da União Soviética)...
Na política externa do governo de Stalin, ele conseguiu melhorar a diplomacia entre a URSS e os países capitalistas, inclusive ingressando na Liga das Nações em 1934. Poucos anos depois, um homem chamado Adolf Hitler decidiu conquistar o mundo e começou a 2ª Guerra Mundial. Inicialmente, Stalin firmou com Hitler um pacto de não-agressão, mas os alemães acabaram invadindo a URSS e sendo expulsos em 1943 na batalha de Stalingrado.
Conseqüências da Revolução: a Rússia subiu na vida. Em 1917, era um país breado pobre e feudal, mas foi se desenvolvendo e virou uma das maiores potências mundiais, juntamente com os EUA; aumentou a produção; surgiu a ditadura, na qual os direitos do povo, como o do voto, foram aos poucos suprimidos (excluídos); e as desigualdades sociais entre povão e alta burocracia (os caras do governo) eram gritantes.
A Crise da Sociedade Liberal
Com o fim da 1ª Guerra Mundial, a Europa estava breada destruída e arrasada pela guerra. Mesmo com um décimo da mão-de-obra perdida na guerra, o desemprego era um problema que perturbava os governos. E, para piorar a situação, as suas colônias começaram a fazer movimentos nacionalistas e comunistas. Como se não bastasse, a crise de 1929, nos EUA, chegou para brear de vez gerou problemas no mundo capitalista todo.
Essa tal crise de 1929 foi gerada porque, nos EUA, o Estado não interferia na economia nem nas relações sociais; assim, os patrões não aumentavam os salários de seus empregados ou então aumentavam muito pouco. Agora, isso leva a uma contradição: a indústria produzia desenfreadamente, mas não tinha para quem vender os produtos, porque a classe operária não podia comprar (já que ganhava pouco); isso desorganizou a economia e levou no dia 24 de outubro de 1929 à quebra da bolsa de Nova York, ocorrendo a falência de milhares de empresas e a quebra de outros tantos milhares de bancos. Se piscando de medo, os investidores americanos tiraram seu dinheiro da Europa e o aplicaram nos EUA com o intuito de melhorar a situação. Enquanto isso, os europeus adotaram medidas protecionistas ou desvalorizaram suas moedas.
Nos EUA, o desemprego e a fome se tornaram problemas gravíssimos. Para contornar a situação, o presidente Franklin Delano Roosevelt, eleito em 1932, implantou uma política econômica chamada New Deal, que introduzia maior intervenção do Estado na economia; além disso, o Estado fez grandes obras públicas (como estradas, ferrovias e usinas hidrelétricas). Embora tenha conseguido reduzir o número de desempregados de 15 para nove milhões, o problema do desemprego só foi resolvido quando começou a 2ª Guerra Mundial, com o aumento da produção e o alistamento de desempregados no exército.
Com a crise, alguns países passaram a questionar o liberalismo e usaram o totalitarismo. Nos regimes totalitários de direita, predominavam algumas características comuns: militarismo, nacionalismo, anticomunismo (conseguiram apoio da burguesia), antiliberalismo (embora pareça estranho que eles fossem contra o liberalismo e mesmo assim tivessem o apoio da burguesia, esta, em tempos de crise, acabou abdicando de algumas de suas pretensões), concederam direitos trabalhistas (como o seguro desemprego), não permitiam autonomia dos estados e cidades, não realizavam eleições e nem tampouco tinham Congresso com representações de classes populares. Como regime totalitário de esquerda, temos a URSS. Os principais regimes totalitários foram: fascismo (Itália), nazismo (Alemanha), salazarismo (Portugal), franquismo (Espanha) e mesmo o governo de Getúlio Vargas aqui no Brasil.
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Questionário
- Diferencie os movimentos liberalistas dos socialistas.
- Qual a importância da revolução liberal francesa de 1830 no fortalecimento do capitalismo?
- Explique a política externa do governo de Luís Napoleão.
- O que foi a Comuna de Paris?
- Descreva as unificações italiana e alemã diferenciando-as.
- Quais os aspectos e invenções da 2ª Revolução Industrial que ajudaram a aumentar a produção?
- O que foi o capitalismo financeiro ou monopolista da 2ª Revolução Industrial?
- Podemos dizer que o imperialismo foi uma conseqüência da revolução industrial? Por quê?
- Qual a influência do imperialismo na 1ª Guerra Mundial?
- Explique as principais revoltas nas colônias contra o imperialismo europeu.
- Qual a justificativa dada pelas potências européias para promover o imperialismo?
- Relacione a guerra franco-prussiana à 1ª Guerra Mundial.
- Explique a importância do sistema de alianças como um fator causador da 1ª Guerra Mundial.
- Explique a mudança da guerra de movimento para guerra de trincheiras na 1ª Guerra Mundial.
- Relacione a 1ª Guerra Mundial ao desenvolvimento dos EUA no pós-guerra.
- Explique as punições impostas à Alemanha no final da 1ª Guerra Mundial.
- Cite as causas da Revolução Russa.
- Os ideais da Revolução Russa de 1917, de igualdade entre os cidadãos, foram cumpridos nos governos que regeram a URSS?
- Diferencie mencheviques de bolcheviques.
- Descreva a Nova Política Econômica implantada por Lenin.
- Quais foram as saídas políticas e econômicas encontradas por alguns países europeus para fugir da crise de 1929?
Isso aí galera, esperamos ter ajudado vocês. Respondam este questionário usando o livro e o caderno de exercícios também, não só a revisão. Estudem para a prova com dedicação, e todos vão se dar bem;.
Valeu gente, grande abraço de seus colegas
Thiago Motta e Rafael Melo