segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Resumo História - (Salvação by Thiago e Rafael Melo)

Resumo de História – III Bimestre

Salve galera! Nós (Thiago Motta e Rafael Melo) decidimos postar esse resumo para dar uma pequena ajuda para a prova de amanhã.

Para quem acha o assunto difícil, relaxe. Nessa unidade, o conteúdo é bem mais fácil e vamos fazer o possível para ajudar a esclarecê-lo. Vamos pedir que vocês revejam o Caderno de Atividades e se possível o refaçam, porque mesmo que ele tenha algumas questões repetitivas é um bom meio para treinar para a prova. Também procurem resolver o roteiro de estudo que eu vou colocar ao final dessa revisão.

Começando nosso assunto, é importante que vocês compreendam um conceito básico que vai nos nortear durante praticamente toda essa revisão: o nacionalismo. Nacionalismo pode ser definido como o sentimento de pertencer à mesma nação, como se fosse um tipo de solidariedade.

Liberalismo e Nacionalismo

Durante todo o século XIX, ocorreram na Europa muitas revoltas nacionalistas e liberalistas (principalmente por causa de crises econômicas). Desde a Revolução Francesa, o povo já se opunha ao absolutismo e ao princípio da Legitimidade (no Congresso de Viena, lembram?). Mas, logicamente, os monarcas europeus não ligavam muito para isso... até que começou a arrebentar em cima deles.

França

Todos lembram que após a queda de Napô, quem assumiu o governo francês foi Luís XVIII. Ele governou com apoio político da burguesia, tendo que manter algumas conquistas da Revolução Francesa. O governo passou a ser exercido pelo rei e pela burguesia, o que desagradou os ultra-realistas (absolutistas), mas mesmo assim Luís XVIII ainda era mias para o lado conservador. Quando ele vestiu o paletó de madeira, entrou em cena Carlos X. Esse sujeito, ultra-realista, devolveu os privilégios da nobreza e começou a tomar medidas absolutistas, como: fechamento da Assembléia, mudança nas leis eleitorais e implantação da censura. Depois, ele formou uma Assembléia de maioria ultra-realista, irritando a burguesia (se lembrem que a burguesia era contra o absolutismo). Esta, logicamente, não deixou barato: assim como fez na Revolução Francesa, jogou o povo contra o rei Carlos X, que por sua vez começou a se piscar com medo de ser guilhotinado. O povo montou barricadas nas ruas (jornadas gloriosas) e o rei acabou por fugir.

Notem que a França era muito instável politicamente, com reis fugindo, ora centralizando o poder, ora favorecendo a burguesia o tempo TODO!!! Com a fuga de Carlos X, a dinastia dos Bourbons saiu do poder e os burgueses colocaram no trono Luís Filipe de Orleans, mais conhecido como o “rei burguês”. Ele fez um governo mais liberal, acabou com a censura e jurou respeito à Constituição. Mesmo assim, continuou com o voto censitário (por riqueza, quem tem dinheiro vota e pode ser votado, já quem não tem...), favorecendo a alta burguesia.

Revoltas liberais de 1848

O ano de 1848 foi marcado por várias revoltas motivadas pelo nacionalismo, como o liberalismo e o socialismo; percebam que o liberalismo era um movimento da burguesia, enquanto o socialismo era da classe trabalhadora. Esse ano (1848) foi chamado de “primavera dos povos”, pelas diversas revoltas que ocorreram nele.

França

O rei Luís Filipe também tinha seus opositores; eles se reuniam em banquetes para discutir a melhor maneira de arrancar o fígado do rei (na verdade, queriam melhores condições de vida para os trabalhadores e mudanças no sistema eleitoral). O rei não viajou nessa idéia de alterações eleitorais e seu primeiro-ministro Guizot mandou acabar com os banquetes. Isso foi o estopim para que começasse uma revolução contra o rei, que foi deposto.

Sem Luís Filipe no poder, formou-se um governo provisório, que restabeleceu o sufrágio universal, criou oficinas nacionais (para empregar os desempregados) e acabou com a pena de morte, além de proclamar a segunda república.

A nova assembléia, eleita no governo provisório, era de maioria liberal, o que causou revoltas populares nas ruas de Paris. Para piorar a situação, o governo fechou as oficinas nacionais, levando a uma guerra civil; a repressão foi feita pelo General Cavaignac, que ficou conhecido como o “carniceiro”. No final do ano, rolaram eleições para presidente onde concorreram o cara de pau que reprimiu a revolta popular e veio pedir voto depois General Cavaignac e Luís Napoleão, sobrinho do nosso querido amigo... Napô!!!

Luís Napoleão venceu as eleições. Ele governaria por 4 anos, mas por meio de um golpe de Estado com os bonapartistas conseguiu 10 anos e depois, com o apoio da população francesa (que ainda amava Napô) tornou-se imperador. Isso aconteceu porque:

· A maior parte da população francesa, que era agrícola, não apoiava as agitações dos republicanos e socialistas;

· A burguesia tinha medo de perder seus bens com outra revolução, então preferiu manter a ordem;

· A Igreja apoiou Luís Napô porque ele impediu que os italianos tomassem os Estados papais;

· O exército recebeu aumento salarial no seu governo.

Luís desenvolveu indústria francesa e fez estradas de ferro. Porém, entrou em guerra com a Prússia e se estrepou. A Prússia venceu a guerra, o rei foi preso e a França se rendeu. Por meio do tratado de Frankfurt, teve que pagar uma pesada indenização de guerra, deixar que tropas prussianas ficassem em seu território até que a dívida fosse paga e entregou aos alemães as regiões da Alsácia e Lorena ricas em carvão e ferro. Além de tudo isso e para completar a humilhação, o rei alemão Guilherme I foi coroado Imperador da Alemanha no Palácio de Versalhes, na França, um símbolo histórico do país. Aí, a população não gostou: porra, vem esse cara e cobra dinheiro da gente, bota tropas dele aqui e ainda é coroado num palácio histórico do meu país??? Ah, não! milhares de trabalhadores, revoltados com a derrota francesa, a crise social e conseqüentemente a miséria e o desemprego tomaram Paris e criaram a Comuna de Paris, o primeiro governo socialista da Europa. Porém, a burguesia não viajou nessa idéia e quis combater a Comuna, porque os movimentos socialistas iriam interferir no comércio. Começaram a atacar a Comuna, que caiu depois de mais dois meses.

Inglaterra

Na Inglaterra a parada foi mais simples: o capitalismo na agricultura inviabilizou a vida dos camponeses e artesão, que juntamente com os profissionais liberais queriam uma reforma social. Já a galera de classe média e alta queria manter seus bens e seu lucro.

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Unificações

Itália

Antecedentes: a Península Itálica se encontrava dividida em vários reinos, alguns deles entregues a monarcas estrangeiros. Isso irritava parte da população, favorecendo o surgimento de sociedades secretas que divulgavam suas idéias sobre a unificação italiana. Começaram a ocorrer levantes entre os diversos reinos contra a dominação estrangeira, porém a maioria sem sucesso.

As transformações ocorridas na Europa no século XIX estimularam o nacionalismo italiano, o que culminou com o início da luta pela unificação da Itália em torno do reino de Piemonte-Sardenha (o norte da Península era desenvolvido, com comércio e ferrovias; a burguesia queria a unificação em torno do Piemonte para que se implantasse o liberalismo em toda a Península; esses ideais eram dos intelectuais e grandes proprietários de terras, e não do homem do campo, que era maioria na população italiana).

Nesse contexto, havia o Risorgimento, um movimento que unia a média burguesia e o proletariado urbano, para criar uma democracia na Itália e fazer com que ela retornasse aos seus tempos de glória, contrariando a alta burguesia (que queria a unificação em torno de Piemonte-Sardenha).

Para conseguir apoio da França contra a Áustria (que detinha territórios italianos), a Itália enviou tropas italianas para lutar a favor da França contra a Rússia na guerra da Criméia. Depois, firmou um novo acordo com Luís Napô para se libertar da Áustria, o que, após uma série de lutas (mesmo contra a França, que descumpriu o trato), culminou com a unificação da Itália, mesmo sem os Estados papais e Veneza. Veneza foi anexada em 1866, quando os italianos apoiaram a Prússia na guerra contra a Áustria e os Estados papais foram tomados quando a França “baixou a guarda” lá para lutar contra a Prússia. Essa tomada dos Estados papais gerou conflitos entre o Papa e o rei italiano, que só foi resolvida em 1929 com a assinatura do Tratado de Latrão.

Alemanha

Desde o Congresso de Viena, a Alemanha (Confederação Germânica) ficou dividida em 39 Estados independentes, representados em assembléias presididas pela Áustria (que babava para unificar essas áreas ao seu território). A Prússia era vice-presidente dessas assembléias e queria formar a pequena Alemanha, sem participação da Áustria (porque esta, além de antiliberal, tinha poucos alemães em seu território).

No século XIX, a economia alemã era dominada pelos junkers – nobreza rural, contrários ao liberalismo – que compravam terras de proprietários menores e dominavam o setor agrícola; os pequenos proprietários, sem suas terras, iam para as cidades formar a classe operária alemã.

Além dos junkers, havia também a burguesia, interessada na unificação para acabar com as barreiras alfandegárias existentes entre os 39 Estados da Confederação. Com essa finalidade, surgiu o Zollverein, uma união alfandegária no norte da Alemanha, com unificação de pesos, medidas, moeda e taxas alfandegárias. Isso favoreceu o comércio e também a burguesia.

Em 1848, ocorreu o primeiro movimento pela unificação na Prússia: a agricultura produziu pouco, gerando inflação e crise social. Quando o Parlamento de Frankfurt ofereceu ao rei o título de Imperador da Alemanha, ele recusou temendo a reação da Áustria. Assim, o Parlamento ficou desprestigiado e foi dissolvido. A nobreza conservadora alemã aceitaria o rei como monarca da unificação se ele não governasse com uma Constituição; a nobreza enfrentou o movimento liberalista e venceu, tomando a dianteira na unificação. Percebam que na Itália a unificação foi comandada pela burguesia; já na Alemanha, a unificação foi comandada pela nobreza monarquista.

Otto von Bismarck, o “chanceler de ferro”, primeiro ministro alemão, dizia que a unificação só aconteceria pela força, principalmente contra a Áustria. Ele construiu ferrovias e um poderoso exército, começando guerras contra outros países: a Guerra dos Ducados, na qual Bismarck deu o zig na Áustria, chamando ela na chincha para a Guerra; a Guerra das Sete Semanas, contra a Áustria (em decorrência da Guerra dos Ducados), na qual a Prússia ganhou alguns territórios austríacos; e a Guerra Franco-Prussiana (aquela que eles venceram a França e a humilharam). Fim, unificação alemã completa!

A Segunda Revolução Industrial e o Imperialismo

Antecedentes

Revoluções econômicas:

1. Da agricultura, ocorrida em regiões da Europa em decorrência da melhoria das técnicas agrícolas.

2. 1ª Fase da Revolução Industrial, com o surgimento de técnicas e métodos de produção que transformaram os produtos manufaturados pelos realizados por máquinas. (essa rev. trouxe alterações para a população e para economia: um contingente humano de trabalho artesanal parou de produzir por não conseguir competir com os preços industriais.

2ª Rev. Industrial

A Inglaterra deteve a supremacia no início, depois a revolução atingiu outros países europeus os EUA e o Japão. A 1ª fase da rev. ficou marcada como era do carvão e do ferro, a 2ª ficou conhecida como era do aço e da eletricidade.

Inovações no processo industrial:

· A transformação do ferro em aço por Henry Bessemer ( o aço era mais barato);

· O motor de combustão interna, de Nicolau Oto foi aperfeiçoado por Rudolf e Karl;

· O desenvolvimento de produtos químicos;

· A fabricação de automóveis movido a gasolina por Benz e Daimler

· A invenção do telefone por Alexandre Graham Bell

· Dentre outras...

O aumento da produção fez com que o operariado questionasse melhorias no salário a nas fábricas, além de realizações de sindicatos. Isso fez com que os patrões investissem parte do capital no aperfeiçoamento das máquinas a fim de diminuir o número de operários.

Etapas na confecção dos produtos:

· A produção em série – que mantinha o padrão e garantia a aceitação dos compradores;

· Especialização do trabalho – trabalho dividido em várias etapas, dando origem as linhas de montagem;

· As linhas de montagem - eram esteiras que levavam partes do produto para serem montados. O operário não precisavam saber montar o produto todo (essa técnica de trabalho é chamada de taylorismo).

O aumento da produção tornou necessária a busca de novos mercados consumidores e maiores lucros.

Para inibir a concorrência, vários empresários se uniram e deram origem a(ao):

· Cartel - união de empresas com objetivo de dominar o comércio de um produto e dividir o mercado entre elas;

· Truste – é a fusão de algumas empresas já estabelecidas no mercado;

· Holding - união de empresas de um mesmo produto ou de diferentes produtos que são administradas por uma que detém o controlo acionário das demais.

Imperialismo

A produção em expansão levou ao acúmulo de capital em mão dos empresários que aplicavam os lucros em novos empreendimentos. Por isso, os países industrializados passaram a utilizar o protecionismo econômico (para salvaguardar seus produtos da concorrência, ocasião em que vários países se fecharam às importações)

Os países produziam, mas não compravam. Mesmo com o crescimento da produção interna. Além disso, a classe operária começou a exigir leis trabalhistas.

A ação protecionista provocou uma corrida por novos mercados fora da Europa. A política imperialista vislumbrou a África, a Ásia e a Oceania como regiões de novos mercados consumidores, onde o capital excedente seria bem aplicado, tendo em vista essa áreas serem produtoras de diversas matérias-primas e oferecerem mão-de-obra barata, o que possibilitaria maiores lucros.

Essa nova busca mercantil das metrópoles européias (neocolonialismo) tinha por objetivo retirar o máximo das regiões, mas não se impunha pela força ( já que elas não se tornavam colônias).

O neocolonialismo objetivou a busca de novos mercados consumidores, colocação do excedente populacional, investimento de capitais...

Os europeus se diziam culturalmente superiores; por isso deveriam levar sua cultura para essas regiões. A penetração s fez através de expedições científicas, religiosas e paramilitares que estabeleciam as CIAS de comércio.

A partilha da África, Ásia e Oceania

ÁFRICA:

França – Argélia

Inglaterra – Egito, África do sul (bôeres)

Portugal – Moçambique e Angola

Bélgica – Congo

ÁSIA:

Inglaterra – índia

Franceses – Indochina

Holanda – Indonésia

Japão – Coréia

EUA – Ilha Filipinas

Imperialismo Inglês

Durante a Era Vitoriana a Inglaterra teve sua maior expansão territorial devido às ações da rainha como:

· Descentralização administrativa;

· Abolição do ato de navegação;

· Criação de leis trabalhistas...

Revolta dos Sipaios – a ocupação britânica abateu a economia indiana. A população estava em uma grave crise social e empobrecida. Tais fatos estimularam uma reação nacionalista soa soldados indianos. O Estopim do conflito foi o incidente envolvendo a crença religiosa dos hindus (comentários de que os ingleses usavam gordura animal para lubrificar as balas). A revolta foi contida em 1859.

Guerra dos bôeres – corrida por ouro e diamantes provocou uma reação dos habitantes. A Inglaterra interessa em ampliar o domínio no sul da África colocou- se no lado dos exploradores dando início à guerra. Com a vitória inglesa foi criada a União Sul – Africana em 1910.

Guerra do Ópio – a Índia tinha plantação de papoula, planta que dá origem ao ópio. Os ingleses ampliaram a produção e diminuíram o preço viciando a população chinesa. Isso fez com que Cantão pressionasse a Inglaterra contra esse excesso e forçasse a derrama de caixas do produto do mar. Como a Inglaterra não recebeu o ressarcimento pelo prejuízo, teve início a guerra do ópio.

Guerra dos Boxers – esta guerra envolveu uma facção nacionalista boxers contra o desmembramento da China. Uma força de repressão composta por soldados europeus, norte-americanos e japoneses submeteu os boxers e obrigou a China a cumprir acordos imperialistas, com isso o domínio sobre a China se efetivou.

1ª Guerra Mundial

Antecedentes: Nas últimas do século XIX, eram constantes as tensões entre as potências imperialistas européias. A Inglaterra, maior potência marítima da época, era vulnerável a uma invasão; a Alemanha tinha se tornado a mais poderosa nação européia; a França, derrotada na guerra contra a Prússia, estava envolta em disputas internas entre monarquistas e republicanos; o Império Austro-Húngaro era muito ligado à política alemã; e a Itália tinha um território muito desigual (Norte muito mais desenvolvido que o Sul). Nas Américas, os EUA se recuperavam da Guerra de Secessão e não possuíam um exército nos moldes europeus.

Como se percebe, a Europa vivia um clima instável; e as tensões se acirraram ainda mais com os seguintes fatores:

· O revanchismo francês pela derrota na guerra franco-prussiana;

· As rivalidades entre as potências européias, uma tentando ser mais forte que a outra;

· A corrida colonial, onde as potências disputavam colônias, potenciais mercados consumidores e fornecedores de matérias-primas;

· A questão marroquina, onde França e Alemanha disputavam a região do Marrocos, que lhes fornecia matérias-primas; a Inglaterra apoiou a França, enquanto a Alemanha proclamou a independência do Marrocos. A questão foi resolvida depois, quando o Marrocos ficou sob o domínio do sultão, porém sem acabar com os acordos comerciais com a França. Mais tarde, a França cedeu à Alemanha o Congo Francês, enquanto essa desistia do Marrocos;

· O sistema de alianças, que acabou por dividir a Europa em dois blocos, o que aumentou as rivalidades; a primeira aliança foi a Liga dos Três Imperadores (Alemanha, Áustria-Hungria e Rússia). Porém, a Rússia desagradava a Áustria porque apoiava os eslavos nos Bálcãs. A liga se dissolveu, mas logo após ela se formou a Tríplice Aliança (Alemanha, Áustria-Hungria e Itália). A Itália acabou saindo da aliança posteriormente, por causa de uma questão territorial com a Áustria. Havia também o bloco da Tríplice Entente (França, Inglaterra e Rússia), formada primeiramente pelo acordo franco-russo e depois pela Entente Cordiale entre França e Inglaterra. Esse sistema contribuiu para o início da guerra orque criou blocos antagônicos que procuravam enfraquecer um ao outro.

· A Liga Pangermânica, pela qual a Alemanha queria unir todos os povos que de origem germânica que viviam nas regiões centrais da Europa;

· O nacionalismo sérvio, que queria unir os povos sérvios xD e o pan-eslavismo russo, que defendia a criação de uma “grande família” de povos eslavos tendo a pobre e ingênua Rússia à frente;e

· A Questão dos Bálcãs, região disputada pó praticamente toda a galera.

O Império Austro-Húngaro queria anexar os Bálcãs; com esse intuito, o herdeiro ao trono austríaco, duque Francisco Ferdinando foi à Bósnia fazer a propostas de formar um reino tríplice (Austro-Húngaro-Balcânico). Resultado: mataram Chico quando ele foi à Sarajevo. Esse atentado foi o estopim da 1ª Guerra Mundial.

França Alemanha

Inglaterra X Áustria-Hungria

Rússia Itália

A Turquia (por causa de rivalidades com a Rússia, devido ao apoio que essa dava aos eslavos que viviam na Turquia a se desmembrarem desse país) e a Bulgária se aliam à Tríplice Aliança, enquanto o Japão toma áreas coloniais da Alemanha.

O conflito começou com a Guerra de Movimento, na qual os alemães mobilizaram seu exército rapidamente para atacar a França. Os franceses reagiram na Batalha de Marne, que deu início à Guerra de Trincheiras, na qual as tropas ficavam expostas a doenças contagiosas e ao fogo inimigo. Após esse insucesso na frente ocidental, a Alemanha invadiu a Rússia.

Os alemães também começaram a atacar navios de parceiros comerciais da Inglaterra (como os EUA) para isolá-la, usando submarinos; porém, não obtiveram sucesso, pois seus submarinos foram destruídos pelos ingleses. Devido aos ataques às suas embarcações, os Estados Unidos entraram na guerra.

Os americanos ajudaram decisivamente a derrotar a Tríplice Aliança, a Bulgária e a Turquia, que abandonaram a guerra ou se renderam.

Com o fim da guerra, criou-se a Liga das Nações (tipo a ONU). Porém, ela não atingiu sua finalidade: excluiu a Rússia (socialista) e a Alemanha (perdedora e considerada culpada da guerra). Por causa da exclusão da Alemanha, os Estados Unidos também saíram da Liga.

A Alemanha assinou o Tratado de Versalhes, que lhe impunha pesadas punições: o desarmamento, a altíssima dívida de guerra, a devolução da Alsácia e da Lorena à França, a desmilitarização da região da Renânia, dentre outras medidas.

Conseqüências da 1ª Guerra Mundial:

· Criação da Liga das Nações;

· Declínio das potências européias;

· Movimentos de emancipação nas colônias;

· Ascensão dos EUA como potência mundial;

· Desmembramento do Império Otomano e surgimento da Turquia;

· Surgimento de novos Estados;

· Perda de um décimo da mão-de-obra; e

· Progressos no campo das ciências e atividades industriais.

A Revolução Russa

Em pleno século XIX, a Rússia ainda era um país semi-feudal, com a maior parte da população no campo em regime de servidão e submissa à nobreza rural. Somente com o Czar Alexandre II, que libertou quarenta milhões de camponeses, começou a abolição da servidão na Rússia. Seu sucessor abriu a economia russa para a entrada de capitais estrangeiros, no intuito de desenvolver a industrialização do país, criando assim uma burguesia fraca, mas um proletariado forte. Mesmo assim, a monarquia russa tornou-se insustentável, devido à deficiência administrativa, existência de grupos radicais contrários ao governo, derrotas militares na guerra russo-japonesa e na 1ª Guerra Mundial.

Um grupo de manifestantes foi protestar pacificamente em frente ao Palácio Imperial contra as perdas militares russas. Porém, foi reprimido violentamente. Esse episódio ficou conhecido como Domingo Sangrento, e ele repercutiu em manifestações por toda a Rússia, inclusive com uma greve geral e rebeliões militares.

Percebendo que a situação tava feia, o czar prometeu criar uma Constituição e um parlamento – o DUMA. Foram instituídos sovietes, os conselhos de trabalhadores (lembrem dos sovietes, eles eram muito importantes). Tava tudo muito bem, mas aí o czar se fortaleceu com a entrada de capitais estrangeiros e o exército, que estava no Oriente, retornou; o czar acabou com os sovietes tirou o poder do DUMA. A oposição ao governo do czar era composta por 3 grupos, sendo o principal deles o dos socialdemocratas, que por sua vez se dividiam em bolcheviques (revolucionários) e mencheviques (eram mais moderados e ligados à burguesia). Essa foi a 1ª fase da Revolução.

Com as perdas russas na 1ª Guerra Mundial, veio o colapso da economia e conseqüentemente a fome as agitações populares. As tropas antes leais ao czar começam a desertar, e finalmente ele cai, sob a Revolução Menchevique de 1917. Aí começa a 2ª fase da revolução. O governo provisório foi substituído por um governo menchevique, regido por Alexander Kerenski. Tudo beleza para os mencheviques, até que entram em cena os bolcheviques Lenin e Leon Trotski. Esses dois cidadãos começaram a envenenar a galera contra o governo menchevique, promovendo manifestações, e divulgaram as Teses de Abril (reforma agrária, tirar a Rússia da 1ª Guerra Mundial e regularizar o abastecimento da população).

Acabou que os bolcheviques assumiram o poder e começou o governo de Lenin. Ele tirou s Rússia da guerra (por meio de um tratado com a Alemanha), organizou o Exército Vermelho, promulgou constituições, adotou o partido único, realizou a reforma e nacionalizou (tornou estatais) indústrias e bancos. No começo do governo de Lenin, ocorriam conflitos entre os russos vermelhos (bolcheviques) e brancos (o resto). Lenin também criou a União Soviética e a Nova Política Econômica, para salvar a economia russa, combinando aspectos (incentivos) capitalistas e controles socialistas.

Quando ele bateu as botas, rolou uma briga entre Joseph Stalin e Leon Trotski para ver quem ficava no poder. Stalin ganhou e expulsou Trotski do país. Segredinho do mal: Trotski foi exilado e, um belo dia, enquanto curtia seu exílio, um agente de Stalin bate na sua porta e lhe mata com uma picaretada (é sério, só não coloquem isso na prova!!!). Stalin impôs um governo ditatorial na URSS, com o partido único (PC – Partido Comunista) e enviou para regiões remotas os que não concordavam com ele. Stalin também substituiu a Nova Política Econômica de Lenin pela planificação da economia, com planos qüinqüenais e estatização da indústria e dos bens de produção. Na agricultura, ele criou a coletivização em fazendas do Estado; na educação, melhorou o sistema educacional (tanto que recentemente, a transição dos países da ex-URSS do socialismo para o capitalismo tem sido favorecida pelos bons níveis educacionais da população); na política, colocou eleições diretas para os sovietes supremos (lembram dos sovietes?) e outras organizações. Porém, não adiantava de muita coisa, porque só concorriam candidatos do PCUS (Partido Comunista da União Soviética)...

Na política externa do governo de Stalin, ele conseguiu melhorar a diplomacia entre a URSS e os países capitalistas, inclusive ingressando na Liga das Nações em 1934. Poucos anos depois, um homem chamado Adolf Hitler decidiu conquistar o mundo e começou a 2ª Guerra Mundial. Inicialmente, Stalin firmou com Hitler um pacto de não-agressão, mas os alemães acabaram invadindo a URSS e sendo expulsos em 1943 na batalha de Stalingrado.

Conseqüências da Revolução: a Rússia subiu na vida. Em 1917, era um país breado pobre e feudal, mas foi se desenvolvendo e virou uma das maiores potências mundiais, juntamente com os EUA; aumentou a produção; surgiu a ditadura, na qual os direitos do povo, como o do voto, foram aos poucos suprimidos (excluídos); e as desigualdades sociais entre povão e alta burocracia (os caras do governo) eram gritantes.

A Crise da Sociedade Liberal

Com o fim da 1ª Guerra Mundial, a Europa estava breada destruída e arrasada pela guerra. Mesmo com um décimo da mão-de-obra perdida na guerra, o desemprego era um problema que perturbava os governos. E, para piorar a situação, as suas colônias começaram a fazer movimentos nacionalistas e comunistas. Como se não bastasse, a crise de 1929, nos EUA, chegou para brear de vez gerou problemas no mundo capitalista todo.

Essa tal crise de 1929 foi gerada porque, nos EUA, o Estado não interferia na economia nem nas relações sociais; assim, os patrões não aumentavam os salários de seus empregados ou então aumentavam muito pouco. Agora, isso leva a uma contradição: a indústria produzia desenfreadamente, mas não tinha para quem vender os produtos, porque a classe operária não podia comprar (já que ganhava pouco); isso desorganizou a economia e levou no dia 24 de outubro de 1929 à quebra da bolsa de Nova York, ocorrendo a falência de milhares de empresas e a quebra de outros tantos milhares de bancos. Se piscando de medo, os investidores americanos tiraram seu dinheiro da Europa e o aplicaram nos EUA com o intuito de melhorar a situação. Enquanto isso, os europeus adotaram medidas protecionistas ou desvalorizaram suas moedas.

Nos EUA, o desemprego e a fome se tornaram problemas gravíssimos. Para contornar a situação, o presidente Franklin Delano Roosevelt, eleito em 1932, implantou uma política econômica chamada New Deal, que introduzia maior intervenção do Estado na economia; além disso, o Estado fez grandes obras públicas (como estradas, ferrovias e usinas hidrelétricas). Embora tenha conseguido reduzir o número de desempregados de 15 para nove milhões, o problema do desemprego só foi resolvido quando começou a 2ª Guerra Mundial, com o aumento da produção e o alistamento de desempregados no exército.

Com a crise, alguns países passaram a questionar o liberalismo e usaram o totalitarismo. Nos regimes totalitários de direita, predominavam algumas características comuns: militarismo, nacionalismo, anticomunismo (conseguiram apoio da burguesia), antiliberalismo (embora pareça estranho que eles fossem contra o liberalismo e mesmo assim tivessem o apoio da burguesia, esta, em tempos de crise, acabou abdicando de algumas de suas pretensões), concederam direitos trabalhistas (como o seguro desemprego), não permitiam autonomia dos estados e cidades, não realizavam eleições e nem tampouco tinham Congresso com representações de classes populares. Como regime totalitário de esquerda, temos a URSS. Os principais regimes totalitários foram: fascismo (Itália), nazismo (Alemanha), salazarismo (Portugal), franquismo (Espanha) e mesmo o governo de Getúlio Vargas aqui no Brasil.

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Questionário

  1. Diferencie os movimentos liberalistas dos socialistas.
  2. Qual a importância da revolução liberal francesa de 1830 no fortalecimento do capitalismo?
  3. Explique a política externa do governo de Luís Napoleão.
  4. O que foi a Comuna de Paris?
  5. Descreva as unificações italiana e alemã diferenciando-as.
  6. Quais os aspectos e invenções da 2ª Revolução Industrial que ajudaram a aumentar a produção?
  7. O que foi o capitalismo financeiro ou monopolista da 2ª Revolução Industrial?
  8. Podemos dizer que o imperialismo foi uma conseqüência da revolução industrial? Por quê?
  9. Qual a influência do imperialismo na 1ª Guerra Mundial?
  10. Explique as principais revoltas nas colônias contra o imperialismo europeu.
  11. Qual a justificativa dada pelas potências européias para promover o imperialismo?
  12. Relacione a guerra franco-prussiana à 1ª Guerra Mundial.
  13. Explique a importância do sistema de alianças como um fator causador da 1ª Guerra Mundial.
  14. Explique a mudança da guerra de movimento para guerra de trincheiras na 1ª Guerra Mundial.
  15. Relacione a 1ª Guerra Mundial ao desenvolvimento dos EUA no pós-guerra.
  16. Explique as punições impostas à Alemanha no final da 1ª Guerra Mundial.
  17. Cite as causas da Revolução Russa.
  18. Os ideais da Revolução Russa de 1917, de igualdade entre os cidadãos, foram cumpridos nos governos que regeram a URSS?
  19. Diferencie mencheviques de bolcheviques.
  20. Descreva a Nova Política Econômica implantada por Lenin.
  21. Quais foram as saídas políticas e econômicas encontradas por alguns países europeus para fugir da crise de 1929?

Isso aí galera, esperamos ter ajudado vocês. Respondam este questionário usando o livro e o caderno de exercícios também, não só a revisão. Estudem para a prova com dedicação, e todos vão se dar bem;.

Valeu gente, grande abraço de seus colegas


Thiago Motta e Rafael Melo

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